sábado, 12 de março de 2011

Análise do filme “O Senhor dos Anéis” 2º enfoque


Aspectos da linguagem

        A linguagem de “O Senhor dos Anéis” privilegia os aspectos consagrados da narrativa clássica cinematográfica, sobretudo no desenrolar de uma trama/historia, qual seja: a estrutura em começo, meio e fim, um tema central e um protagonista (no caso do filme em questão apesar de Frodo ter a maior responsabilidade na obra, podemos considerar como protagonista também os guerreiros que representam elfos, humanos, hobbits, anões e o mago Gandalf) que irá passar por uma jornada heróica semelhante às narrativas mitológicas de outrora (Grécia antiga) e ainda eficiente como estrutura dramática, e que, alem disso, tem como maior semelhança um certo maniqueísmo ao dividir o mundo em “bonzinhos” e “malzinhos”. 


Qual espaço definido pela câmera? Qual a impressão?

        O espaço definido pela câmera corresponde a assimilação imediata do público daquela informação ou sensação que se quer transmitir, buscando causar a impressão relativa à parte da narrativa correspondente a linha cronológica em que se encontra o (os) protagonista (s).

Há um efeito janela? Por quê?

        Há uma tentativa de efeito janela em toda a produção cinematográfica mundial, desde o momento que as imagens em movimento não mais encantavam por si só, e muito menos os documentários informativos (as atualidades) tinham mais relevância que as micro narrativas toscas que estavam sendo ensaiadas e evidenciavam aquilo que se tornaria a mídia mais influente e economicamente rentável do século XX.
        O porquê do efeito janela deve ser entendido como o fundamento central onde se assenta os objetivos da produção cinematográfica, e não apenas no cenário hollywoodiano com seus blockbuster, ou aquilo que chamam de Indústria Cultural com os produtos de entretenimento de larga escala. Toda a narrativa cinematográfica que tem como objetivo ser compreensível, emocionante e significante para uma determinada sociedade – ou o conjunto maior de toda as sociedades no mundo, como foi o caso de Titanic – precisa causar o efeito janela na mente do público que pagou para ver. O principal objetivo das pessoas que pagam ingresso, que alugam um filme ou baixam da internet, é exatamente ser transportado por esta janela para um mundo que não precisa ser diferente do seu, mas certamente deve haver elementos que o faça ser transportado para dentro da historia de modo que ela lhe impressione, comova, excite, provoque, e – talvez, torne-o capacitado a perceber aspectos da vida que ele não compreendia até se deparar com a obra de arte.
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