sexta-feira, 8 de abril de 2011

Análise do filme “O Senhor dos Anéis” 7º enfoque


CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL DA OBRA

É uma produção de que tipo, o que  tem a ver com cifras financeiras?

É uma mega-produção, um blockbuster, um filme pensado para se tornar referência em seu gênero e sucesso de bilheteria, alem de todas as possibilidades de desdobramento mercadológico no qual este tipo de conteúdo é criado e desenvolvido pelos grandes estúdios e distribuidoras cinematográficas.

O financiamento determina a qualidade? Estética da obra? Mas há alguma censura à livre criatividade?

 Sem dúvida nenhuma a qualidade visual, sonora, narrativa, interpretativa, de produção e direção geral é oriunda de um grande investimento, o que possibilitou a contratação e total dedicação por considerável período de tempo dos mais capacitados profissionais para a feitura desta obra magnânima.

A estética da obra é pensada em termos de trazer imagens e sons surpreendentes e fantásticos, mas tendo como fundamento ser alicerce da eficiente narrativa já outrora experimentada em outra mídia (literatura) com bastante sucesso e louvor.

Se houve alguma espécie de censura para a tal “livre criatividade”, ela não fez falta nenhuma, visto que o filme foi um sucesso e ele é bastante eficiente ao que se propõe.

Foi preciso se tornar uma produção independente para realizar a visão do diretor?

Apesar do Peter Jackson vim de produções independentes de baixíssimo custo como o horror "Trash, Náusea Total" (Bad Taste, 87) e "Fome Animal" (Braindead, 92), ele conduziu a trilogia “O Senhor dos Anéis” com grande eloqüência e maestria, realizando a visão de eficaz comunicabilidade que qualquer blockbuster exige, dentro da perspectiva de ser um filme "pra toda a família".

Como foi a campanha publicitária? Outros produtos mercadológicos derivaram desta produção?

 A campanha publicitária foi tão eloqüente e abrangente que o segundo filme coincidiu o seu subtítulo – “as duas torres”, com o maior acontecimento deste século: a derrubada das torres gêmeas de Nova Yorque, após a colisão de aviões conduzidos pelos ditos “terroristas”. Eu fiquei arrepiado quando associei uma coisa com a outra, no tocante a deduzir que tal coincidência não fora por acaso, tudo veio do planejamento de comunicação feito pelos marqueteiros.

Diversos foram os produtos e serviços derivados da obra cinematográfico com seus signos próprios e proprietários. De camisas estampadas a documentários para TV, passando pelo jogo/game produzido pela Eletronic Arts e relançamento da obra no mercado editorial nas linguagens do romance, da HQ, RPG, álbum de figurinhas, etc.

Alguma cobertura jornalística? Crítica relevante?

Basicamente a cobertura jornalística anunciou o filme como um evento de grande porte, coisa que ele realmemte foi. E após assistirem ao filme apenas confirmaram a eficiência da narrativa mitológica fantástica do escritor e filólogo sul africano John Ronald Reuel Tolkien, muito bem transposta para a mídia cinematográfica através de Peter Jackson e sua equipe.

Qual escopo (tamanho) da obra: produção nacional de alcance limitado ou voltada para o mercado mundial?

A trilogia “O Senhor dos Anéis” não só é uma mega produção para o mercado mundial, como também é um conteúdo de entretenimento a ser disseminado e vendido em outras mídias, sob a mesma forma ou transformada para se enquadrar no novo meio, que pode ser um game, um documentário, uma HQ, um brinquedo, etc.

Há alguma visão hegemônica (nacional ou não) sendo imposta/sugerida/transmitida? Que recursos estéticos são usados para isso?

A visão hegemônica pode ser traduzida na semelhança dos embates de exércitos - com o conceito de dominação de povos e apropriação de territórios, em similitude ao que ocorria com a política externa do país produtor do filme (EUA), realizada pelo seu dirigente de então (George Bush).


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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Análise do filme “O Senhor dos Anéis” 6º enfoque


Quando acontece montagem paralela, panorâmica, travelling? O que se deseja transmitir?

Não ocorre montagem paralela. Panorâmicas são usadas para mostrar os vastoscenarios das locações naturais ou as criadas por computador, muitas com o intuito de nos impressionar pela grandiosidade e pelos detalhes cenográfico. Os travelling são muito comum em cenas de perseguição, preparação dos soldados para as batalhas quando alinhados de frente ou quando o diretor quis mostrar o frenesi no interior do batalhão.

Quando numa mesma unidade espaço-temporal há descontinuidade?
Os únicos momentos de descontinuidade de “O Senhor dos Anéis” ocorre nos flashback, no intuito de informar sobre certos aspectos do presente da narrativa do qual só se faz inteligível com uma explanação de algo que ocorrera em algum momento do passado.

 Quando a CÂMARA é subjetiva? Por quê?
Em “O Senhor dos Anéis” – como em outros conteúdos para consumo de massa, jamais há câmara subjetiva.

Quando ocorre campo e contra-campo? Por quê?

Nos momentos onde há perigo para o(os) protagonista(s), mostra-se no contra-campo o inimigo ou/e um monstro ou/e um precipício se aproximando de forma sinistra.


Quando há equilíbrio e quando há tensão reproduzida por esses recursos?

Se “esses recursos” estiver se referindo as ultimas questões que versam sobre aspetos da técnica de direção de fotografia, ainda não estou habilitado para discorrer sobre tal, visto que esta disciplina só passa a ser ministrada para os formandos deste curso a partir do 3º semestre.
Caso se esteja empregando os “esses recursos” no todo de um filme, podes concluir que o equilíbrio está no paralelo com a eficiência de uma narrativa clássica relacionada a jornada de um herói na busca pela restauração da paz em seu mundo/comunidade. Nisto os elementos técnicos são harmonizados para acompanhar a emoção/sensação insinuada pela personagem no desafio representado por aquele momento da historia, sendo que a tensão neste contexto é um fundamento indispensável para causa no espectador a noção de perigo que o protagonista atravessa, e que nos faz ter empatia pelo mesmo.
 
Qual o papel da trilha sonora? O que reforça e o que antecipa?

A trilha-sonora é usada essencialmente de maneira incidental: quando há cenas de tenção a melodia se torna grave ou/e disforme, quando há romance aparece harmonias delicadas e em tom baixo, se vemos os guerreiros se preparando para a batalha logo uma sonoridade de fanfarra militar chega aos nossos ouvidos de forma retumbante. Reforça-se aspectos óbvios no qual funciona como alavanca da informação imagética.
@gledsonshiva
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sábado, 2 de abril de 2011

Análise do filme “O Senhor dos Anéis” 5º enfoque


Quando acontece plano fixo contínuo?

Este é o tipo de filme onde não há, definitivamente, este tal plano, visto que estamos diante de um gênero de aventura/ação.
Considerando, claro, que a duração deste plano deve ser de pelo menos 10 segundos ininterruptos.

Quando acontece PLANO GERAL, PLANO MÉDIO, PLANO AMERICANO; CLOSE-UP; CAMERA ALTA, CAMARA BAIXA?

PLANO GERAL
        Aparece com mais recorrência nas cenas de batalha, visto que é um recurso usado para demonstrar a fragilidade do exército dos “bonzinhos” contra a proeminência da tropa dos “mauzinhos”, mas está também presente para apresentar a eloqüente paisagem da Nova Zelândia, e as construções gráficas (efeitos visuais) como as duas torres, os castelos, as fortalezas, etc.
PLANO MÉDIO
        Muito comum para mostrar os três guerreiros (o anão, o elfo e o humano) em sintonia/harmonia. Mas também é bastante usado nos enquadramento do Frodo e seu parceiro.

PLANO AMERICANO
        Muito comum nas cenas que antecedem e no durante as batalhas de enfrentamento direto entre os guerreiros.
CLOSE-UP
        Usado nas cenas drmáticas do filme: quando o guerreiro humano está diante da elfo interpretada pela atriz Liv Taylor, quando um membro da corte de um reino dá uma de Yago (Othelo/Shakespeare) e convence um rei doente a agir conforme seus anceios, e para enquadrar o drama de dupla personalidade da ótima personagem do Sméagol. As vezes ocorre de forma circunstancial num diálogo banal, mais relacionado a descontração, que são eficazmente usados como pausa para a próxima aventura/batalha/correria.
CAMARA ALTA e CAMARA BAIXA
        Exaustivamente usado para demonstrar a eloqüência das edificações que aparecem nos cenários do mundo imaginado pelo autor original da trama: torres, castelos, fortalezas, etc. Alem disso este posicionamento de câmera é fundamental para demonstrar risco eminente no momento que Frodo e seu parceiro estão seguindo Smigool num trajeto de escalar e descer montanhas.   
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