terça-feira, 28 de agosto de 2007

Uma Conversinha Afiada


Apareceu um premio pra redação, um cartaz que vi numa escola, vi que podia participar, e eu me sa`i com esta:


UMA SUTIL REBELDIA PARA INSTAURAR A PRESERVAÇÃO DE NOSSAS NATUREZAS



O que adianta tantos “desenvolvimentos”, tantas “sustentabilidades”, tantas “ambientalidades” e outros termos propagados nos meios de informação e comunicação tradicionais de nosso suceder diário - num processo de maquiagem da realidade intrinsecamente ligado ao controle social, se não há por nossa parte a percepção e aceitação de que ambiente externo e interno é configurado unicamente pelas nossas ações?


As ações precisam concretizadas serem imediatamente, sem medo ou receio de retaliações oriundas de qualquer setor da urbe ou do meio rural. Estas ações precisam sacudir o estado letárgico da sociedade do espetáculo, onde a grande maioria da humanidade está comodamente “sentada num trono de um apartamento com a boca escancarada e cheia de dentes” - em frente a TV, “esperando a morte chegar”, ou aguardando o próximo desastre climático se consumar. É necessária uma atitude de leão, para num rugir fazer sacudir os quatro cantos do mundo de que basta de passividade! Necessitamos reconhecer imediatamente agora que devemos tomar as rédeas de nossas vidas aceitando-a como um livro em aberto em que cada um de nós constrói uma historia de bem-aventurança para si e em reconhecimento da dignidade do próximo, este próximo é qualquer ente ou coisa, animada ou inanimada. Este é o segredo para a assimilação da consciência ecológica: tudo que é vivo está e precisa assim permanecer quando você sente pertencer ao todo.


Nada adianta “Patronos da Ecologia”, sejam eles nacionais ou internacionais, vivos ou póstumos, quando o que se precisa é de seres que nos lembre e nos traga para a luz do debate cotidiano a invasão de países soberanos por outros em nome da “civilização contra a barbárie”, ou “a democracia contra a ditadura”, sem que se apresente os reais motivos e desejos por de trás e nos viés de tais atrocidades. Antes de qualquer conceito de desenvolvimento precisamos lembrar dos direitos humanos e da soberania de auto-determinação dos povos, reconhecendo e respeitando suas particularidades, sua historia, sua cultura e suas diversidades ou homogeneidades, com seus próprios níveis de evolução tecnológica, econômica e sócio-organizativa. Precisamos de menos títulos, menos nobreza e mais ação, mais pé no chão, e fé no imponderável.


É urgente que muitos propaguem entre seus convivas e pelos meios de acesso que tiverem, a drástica situação do crescimento demográfico onde - segundo um Instituto do Banco Mundial, haverá no ano de 2050 mais 3 bilhões de habitantes do que já temos hoje, contabilizando o absurdo de 9 bilhões de pessoas em nosso planeta, algo muito sério quando pensamos nos recursos escassos e não renováveis a tempo do padrão de consumo avassalador que se tem nos países desenvolvidos e que se almeja cegamente nos chamados países emergentes. Com estes dados já está previsto para as próximas décadas a falta de água potável para 3,2 bilhões de pessoas, fome por quebra de safra para cerca de 1,4 bilhões de pessoas, inundações e ressacas poderão deixar cerca de 170 milhões de pessoas desabrigadas e a extinção de metade das espécies existentes no planeta.


É imprescindível a intervenção eficiente, eficaz e efetiva, principalmente em nós mesmos e posteriormente ao nosso redor, numa performance de arregaçar as mangas e implodir o marasmo, levantar a poeira e dar a volta por cima da enganação que nos impede de enxergar que estamos a beira do abismo, prestes a cometer um ecocídio (suicídio ecológico). A problemática vai muito alem do “aquecimento global”, diz respeito ao fato de não haver o devido destaque na “tela do noticiário global” dos reais motivos das atrocidades no nosso meio, é um ocaso de natureza histórico-social onde é de nós, cidadãos e cidadãs, a responsabilidade de quebrar esta tradição da alienação e que concomitantemente nos torne corajosos o suficiente para ter em nossa natureza intima a capacidade de realizar, sem precauções ou consultas prévias, atitudes vencedoras como a de Augusto Ruschi, que em seu ato de ter ido de encontro aos interesses estatais do governo do Espírito Santo, conseguiu mobilizar parceiros de alem fronteiras e sensibilizar a mídia para a preservação da fauna e da flora que estava preste a ser extinta para a implantação de uma fabrica em determinado território florestal imaculado.


É mister uma AAR - Atitude Augusto Ruschi, em que possamos polemizar se for necessário, e mesmo quando nos chamarem de loucos ou nos derem como mortos não nos abatermos e sim termos em continuar transgressoramente executando ações inovadoras e empreendedoras sem medo de nada e ninguém, apenas com a certeza naquilo que acreditamos piamente de coração e de consciência da vida em todos nós, com os seus múltiplos aspectos integrados e inalienáveis. E não adianta “você ainda acreditar que é um doutor, padre ou policial que esta cumprindo com sua parte para o nosso belo quadro social?”, assim falou o profeta contemporâneo Raul Seixas, num de seus diagnósticos sobre as poucas sociedades alternativas e o excesso de gente atrás do seu “Ouro de Tolo”.



Quero salientar que o tema exigia a sitacao do ecologista Augusto Ruschi se inserindo nos processos de desenvolvimento Sustentavel.

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