sexta-feira, 31 de outubro de 2008

BATE NELE, RUBINHO!!!


Ah esse Rubinho!!!


Eu lembro bem daquele domingo de fórmula 1 de 2002. Ele estava em primeiro lugar, atrás – e bem atrás, vinha o já 4 vezes campeão Michael Schumacher, numa segunda posição que lhe daria a possibilidade de continuar lutando pelo título daquele ano, que aliás ele conquistou.

E já estava o comentarista da TV globo se preparando pra gritar “...E vence Rubinho”, na ultima volta, no dia das mães, quando de repente percebe-se que o carro está lento, lento na ultima volta, com a música do Sena já tocando, e o "imponderável" acontece: Schumacher ultrapassa Rubinho após ele sair da frente pro outro passar, na ultima curva, e eis que vence aquele grande prêmio de fórmula 1 o alemão, com o Rubinho chegando em segundo lugar após liderar quase toda a prova.


O comentarista ficou espantado, num sabia o que dizia - se sim se não, se não sesim, pois foi na ultima curva, pegando-o... digamos assim: “desprevenido”. E toda a torcida brasileira que já estava comemorando ficou de queixo caído com aquela sacanagem anti-desportiva, talvez a maior da historia (até provarem que o título da Argentina em 1978 e o da França em 1998 não foram “cartas marcadas”).


Eu mesmo fiquei perplexo. Acompanhava o evento num clube, por uma TV colocada próxima a churrasqueira, com todo mundo se divertindo, biritando e comendo churrasco e achando o máximo aquela que vinha sendo uma ótima corrida do piloto brasileiro. Mas então veio aquele balde de água fria e ele, docilmente, obedecendo ao chefe (ah esta coja de gente obediente que deixa o mundo tão feio!), deixa o alemão passar e fica em segundo lugar, deixa de vencer para obedecer uma ordem estapafúrdia, pois o piloto alemão já estava bem a frente do segundo colocado na classificação geral da competição de pilotos daquele campeonato, e conquistou o título daquele ano com uma folga enorme, do qual os 2 pontos que ele ganhou a mais pela aquela cagada antidesportiva num acrescentou em nada, pelo contrário, sujou para sempre a sua carreira e a da FERRARI. Mas mesmo assim, o maior culpado por toda aquele decepção foi o próprio Rubinho Barrichelo.


Ora, ele poderia ter ignorado a ordem, afinal de contas ele é um piloto de fórmula 1 e o que um piloto durante uma corrida faz é essencialmente procurar vencer o grande prêmio, ou não? Ou o importante é competir bem durante todas as voltas do circuito para vim outro que – de bandeixa, recebe a posição do competidor que seria o vencedor na última curva? mas não, o rubinho deixou o outro passar por obediência às ordens estratégicas vindas da direção da equipe... que bosta! Isso não é esporte!!!


Aquela ação do rubinho manchou para sempre a sua carreira, mas isso pode ser esquecido se nesta sua última disputa (ninguém mais quer o veterano) ele... lembrem-se: outra vez a decisão é todinha dele. A ação vergonhosa daquele dia das mães de 2002 pode ser esquecido se ele, observando os apelos da torcida brasileira e para o bem da nação (é piegas, mas todo apelo é válido neste momento, ele precisa saber que estamos todos unidos neste prosaico dia dos finados) bater no Hamilton, tirando-o fora da corrida, impossibilitando o piloto inglês de marcar sequer 1 pontinho, e o título vá para o Felipe Massa, um sujeito que – até onde eu sei, tem um pouco de dignidade competitiva, desportiva, e por isso merece ser ele o primeiro piloto brasileiro de fórmula 1 campeão do mundo após o inigualável - esse sim ídolo, Airton Senna.


É por isso que engrosso o coro:

BATE NELE, RUBINHO!!!