Equipes são conjuntos de pessoas com um objetivo em comum, compartilhando os mesmos interesses e agindo de maneira conjunta na multiplicação de idéias e esforços em busca de um resultado, valorizando as habilidades e competências individuais. O trabalho em si é sempre individual, sua junção coordenada é que dá o sentido de integração, e essa coordenação é sempre o resultado de uma decisão de determinado indivíduo, que mesmo passando por consultas ou assessorias será sempre uma decisão de um indivíduo que tomará a responsabilidade sobre determinado conjunto de informações e tema, estabelecendo a conformidade de algo que se buscou originalmente através da imaginação de alguém, imaginação que é algo sempre individual e intransferível.
Muitas pessoas estão trabalhando em grupos e não em equipes, onde parecem que estão em uma linha de produção ou então esperando que os outros façam todo o serviço e o mesmo receba os créditos pelo resultado final do trabalho, e isso é algo bastante comum no ambiente acadêmico dos discentes, não sei exatamente se é uma cultura consolidada no qual como ninguém questiona as pessoas vão “empurrando com a barriga” esta pseudo-metodologia imposta por docentes das mais variadas tendências e disciplinas, ou é algo regulamentado pelo MEC e que todas as Instituições de Ensino Superior são obrigadas a por em prática para cumprir algum tipo de obrigação pedagógica que tem como resultado um aprendizado - que pelo menos para o meu parco entendimento, é deveras um tanto miraculoso.
É público e notório que um dos procedimentos mais criticados e enojados por alunos e ex-alunos de curso de nível superior são os tais Trabalhos em Equipe ou Trabalhos em Grupo para alguns. Uma rápida pesquisa entre conhecidos ou mesmo na internet comprovará a inutilidade e até mesmo vulgaridade de um procedimento fadado ao fracasso e o pior: a castração daqueles que tem idéias e projetos particulares que tem que abdicar de seus sonhos e projetos de vida para se “enturmar” dentro de um grupo para poder ter alguma menção acadêmica válida para esse sistema de “ajuntamento” forçado e obrigatório de pessoas, com a chancela de uma coordenação pedagógica que a única coisa que parece fazer é cumprir regulamentos estapafúrdios como este que exalta a capacidade de se submeter a organizações e sociedades – procedimento típico de quem é e será um mero empregado, e desaprova e repreende as capacidades de empreender e tocar iniciativas próprias – algo típico de quem constrói conhecimento, empresas, gera riquezas e ainda proporciona emprego para àqueles que passaram e passam a vida inteira cumprindo ordens como essa que determina que para ter mérito acadêmico o sujeito precisa se submeter a esse procedimento, por muitos exaltado, chamado Trabalho em Equipe.