domingo, 1 de abril de 2012

Empreendedorismo Para Dissipar a Ilusão do Emprego Público



Por questões burocráticas ainda estou frequentando o bacharelado em Cinema e Mídias Digitais, aguardando o Conselho Acadêmico da instituição de ensino se posicionar sobre minha vasta documentação e experiência como empreendedor criativo para eliminar a última disciplina, mas ao frequentar a aula de EMPREENDEDORISMO me deparei com algo peculiar, o professor começou a primeira aula pisando em ovos: “não quero interromper o sonho de ninguém de passar num concurso público”... e que aquela disciplina era apenas para os alunos poderem ter uma alternativa de saber fazer um plano de negócios, um projeto, nada que vá perturbar os sentimentos daquela juventude… que vá perturbar o seu “projeto de vida”.

Eu queria escrever sobre esta peculiaridade típica de Brasília, dessa juventude “destemida”, pronta a sentar o rabo numa cadeira todos os dias da semana, de segunda a sexta, das 8 às 18h., e receber religiosamente o seu “salário acima da média do mercado” (há controvérsias quanto a isso), nesse mesmo tom de crítica e satírica; mas aí vem essa matéria do Correio Braziliense de 1º de abril de 2012, e o pior: não é mentira, é a pura verdade que “O maior desafio na próxima década, segundo os próprios industriais [empregadores], será convencer os brasilienses, sobretudo os jovens, de que há vida econômica fora do serviço público”. 

Aí já é uma questão de política pública, de uma ação governamental que priorize a formação nas áreas que verdadeiramente irão demandar mão-de-obra, e não alimentar a indústria dos concursos públicos que é uma verdadeira barca furada, bom apenas para as instituições de ensino especializadas em atender essa demanda de acomodados. Um governo realmente democrático e que queira o desenvolvimento de seus governados irá focar suas políticas públicas não apenas na capacitação de mão-de-obra especializada para indústrias privadas em pleno desenvolvimento na sua região, mas também irá reconhecer o quanto o empreendedorismo é necessário para alavancar o desenvolvimento local e as melhores condições de vida real da população, tendo em vista que concurso público não gera riqueza, apenas preenche vaga, já o empreendedorismo gera empregos, renda e dividendo para a administração pública na forma de impostos. 

Se um professor universitário se preocupa em não “desanimar” seus educandos com seus conhecimentos sobre aspectos rasteiros relacionados ao empreendedorismo (sim, porque ensinar como fazer um plano de negócios ou projeto não significa transformar ninguém em empreendedor), um governo jamais pode se abster de reconhecer na iniciativa privada o caminho por onde irá deslanchar os empregos e o florescimento de empreendimentos, e assim direcionar suas iniciativas para toda a população, contribuindo para mudar a cultura cômoda onde se encontra, essencialmente, jovens das classes A e B e parte considerável da mídia tradicional

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