domingo, 4 de março de 2012

O blá-blá-blá acadêmico



O autor observa no relato de um livro sobre Londres dos anos 70 (Soft City) a partir de novos termos que passavam a caracterizar certas mudanças no contexto urbano – Yuppy, gentrification, etc. - que indicaria os primórdios da pós-modernidade, e que isso seria uma nova estética cultural. Basicamente o autor do texto sobre modernismo e pós-modernismo está elogiando o autor do livro Soft City, Jonathan Raban, estabelecendo uma dicotomia entre seu pensamento e de outros observadores sociais (sociólogos), qualificando aquele por tratar a cidade como um ambiente de criação de signos e prática de imagens, diferente dos sociólogos de até então que consideravam a cidade como ambiente que induzia as pessoas à racionalidade e automações, derivado do ambiente de produção e consumo de massa, uma sociedade de classes. Está em foco o papel da cidade na identidade das pessoas. E a cidade em questão aqui é a metrópole Londres, logo se conclui que todas as observações e conclusões diz respeito à cidade grande, não cabendo comparações com cidades pequenas, vilarejos ou povoados. 

Um ponto a considerar nessas elucubrações sobre a identidade na cidade grande, o autor mostra que ela é ao mesmo tempo uma oportunidade libertadora mas também um labirinto que pode nos fazer “se perder” (com isso ele parte do princípio que estamos “encontrado”) pelo labirinto que é uma urbe como Londres. O texto cita a artista Cindy Sherman como uma figura de ponta do no movimento pós-moderno, mas há muitas controvérsias sobre isso. 

O leitor é induzido a acreditar que o pós-moderno só pode ser observado a partir de uma exposição de arte em Nova Iorque ou um desfile de Moda em Paris, esbanjando eurocentrismo por todos os poros o autor e o seu livro em análise não passa de um monte de bosta travestido de intelectualidade (acúmulo de palavras e expressões) no qual não se tira para a percepção da vida e estímulo às manifestações artísticas absolutamente nada que não o engodo ou o entorpecimento, encontrando apenas figuras que se viabiliza ás custas da longa e já velha valorização da Oligarquia Acadêmica, um feudo medieval travestido de A Intelligentsia da Sociedade, no qual não traz praticamente nenhuma solução para nossa vida diária mas sim, e isso é inconteste, muita despesa ao erário, tendo em vista que esses patriarcas precisam serem sustentados por todos nós para continuarem sua inócua “produção acadêmica” e manter as aparências, como bem é demonstrado na Teoria do Medalhão (Machado de Assis).

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